Uma pessoa esquece-se de viver no rodopio das horas que viram dias que contam semanas e parece que nem respiramos. Não nos lembramos disso. Será que fazemos o que não nos lembramos de fazer, de ter feito? Certamente que sim, mas será que conta?? Se não nos lembramos de respirar sabemos que respirámos, e sabemos porque se nos faltar o ar damos conta. Mas daremos conta quando nos falta a vida? Algo em nós se sobressalta se nos falta a vida? Não. Não para quase todos. Há pessoas diferentes, com sensibilidades diferentes, necessidades diferentes, sangues mais ávidos, corações mais fortes na sua sede. A mim só me dou conta que me esqueço de viver e de sentir, se não escrevo. E quando digo não escrevo, não apenas assim, em palavras enfileiraras a caminho de algum lado a contraluz do ecrã branco... escrever por dentro, em palavras que não se dizem, mas nos valsam na cabeça, que fazem a festa no silêncio duma música própria que mais ninguém ouve, mas onde há palavras que dançam e almas que (se) compõem.
A mim Vi, ultimamente ando numa fase em "escrever por dentro, em palavras que não se dizem":(
ResponderEliminarEu, há dias, muitos dias, demasiados, que não tenho tempo de me ouvir. Há dias em que agradeço, outros em que sinto umas saudades de mim, do que fui, do que sou, que não saberia descrever. E eu estou aqui, na mesma, não mudei de morada, continuo a viver neste corpo, na mesma pele, mas às vezes parece só um domicílio abandonado, ausento-me longas temporadas de mim. Deixo o corpo a trabalhar e não sei para onde vou... não sei mesmo. Mas acho que o objectivo é não saber para não me encontrar... :)
EliminarTalvez por isso venha menos aqui... :)
Bom domingo, Legionário:)