[Eugenio de Andrade ]
Amor estéril,
ou filhos dele,
Já tive além da conta.
O tempo passou,
estão maduros
Agora, de porta aberta,
é deixá-los seguir.
Já caíram todas as vezes
que precisei de os levantar,
de lhes limpar as lágrimas
e dizer que tudo ficará bem.
Estenderam,
a cada vez,
as mãos abertas,
à espera do que eu tinha
e não guardava.
Já passou o tempo
Posso deixá-los seguir
o caminho da lonjura.
Fechar a porta,
fazer amor e filhos
que amadureçam
que encontrem sempre
a minha mão,
como eu a deles,
até quando choro e caio.
Daqueles que seguem
mas nunca vão,
voltam sempre
de portas abertas para mim,
com poesia no olhar
Brilhante
do que não se esquece,
sequer precisa ser lembrado.
Brilhante este teu post Vi, e mais não digo...;)
ResponderEliminar:) obrigada Legionário
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