Uns dias longe de tudo, para mim, são um bálsamo. A chuva do lado de lá da janela, o calor da lareira do lado de cá. Entre chuvas damos os nossos passeios pelo sítio, já descemos até junto ao rio e subimos duas vezes hoje. A última já foi sem trela porque parece que agora estamos cá sozinhas… depois voltámos à base. Há tempo para meditar, para pensar, para deambular entre pensamentos e monólogos interiores. Acabei por ordenar ideias e vontades do que pretendo fazer este ano. Depois fui para junto da luz para ler, coisa que fiz pouco o ano passado, e deixei alguns livros que não acabei…é coisa que não gosto de fazer, gosto de começar e ir até ao fim…mas também já me dei a pensar: se o livro não te está a puxar, e o tempo dos livros arrancas a outras coisas, muda de livro, porque a intenção é dar prazer, absorver-te e mergulhar-te noutros mundos. Levar-te deste para outro onde se sinta a vida por outro lado. Se não faz isso, passa ao próximo… afinal não é isso que fazemos, e devemos fazer, em tantas outras coisas na vida? Se não te apaixona, se não te toca a essência, procura o que faça, o que faça o tempo valer a pena. Como estes dias doces, de silêncio e distâncias, que te fazem querer mais tempo deste tempo.
Sem comentários:
Enviar um comentário