sábado, 4 de janeiro de 2025



Sim, o Verão, o calor, o céu azul claro, claro... mas e estas cores? Estas folhas debaixo dos pés, este tapete de cores, e o frio a fazer saber bem a lareira... e sim, bem sei, mas eu gosto da lareira sem capota, de ver a dança das chamas e o silêncio salpicado deste arder. Há calores e cores e sons que não se querem contidos e reciclados, recuperados, não se os pudermos aproveitar inteiros. Há muito que não fugia sozinha para o meu tempo, o meu silêncio, para mim. E sabe-me bem. A mim e à tracção às  quatro, que hoje teve muita terra debaixo das patas e muitos cheiros para explorar. Havia que aproveitar o céu cinzento, mas seco, de hoje, amanhã não sabemos como vai estar... se bom para andar de nariz lá fora, ou dentro de livros, ou a queimar as orelhas na lareira enquanto frita os miolos. Por pouco não se enfia no recuperador, se uma pessoa se distrai. Lá fora a noite instalou-se, nós instalámo-nos nela, de chávena de chá numa mão, a outra nas palavras que fazem este silêncio confortável e os olhos nesta luz quente que alimenta a alma e nos parece salpicar de vida a alma. Sim, o Sol, a praia, o calor na pele... mas e este? o por dentro da pele? o meu acho que tem estas cores, nada a fazer a não ser aproveitar, isto e depois o resto :)
 

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