Há uma brisa quente que nos sopra os cabelos e a pele, que faz as árvores assobiarem músicas lá delas. A pintarolas de quatro patas vê uma mosca, ou algo voador, que eu não vejo, nem oiço. Uma andorinha cruza o céu azul, imaculado, não há nuvens a esborratar o céu. Aparecem mais três, em voos redondos, sem poisar ou abrandar, sempre à volta da árvore em frente à minha varanda. Sempre que aqui venho ocupa-me os olhos, mas raramente a olho. Provavelmente ela observa-me a cada vez, sabe-me melhor que eu a ela, já terá visto tanta coisa... e então reparo, há ramos que ainda se enfeitam de flores duma cor que não sei se tem nome, mas tem lugar. Ali. Já o pinheiro do vizinho sofreu uma qualquer frustração e baixou-lhe a crista, curvou-se a alguma evidência. Acontece a todos. Sento-me aqui e vejo como é difícil ver coisas novas nas coisas que envelhecem connosco os dias.
É vida a correr...á nossa frente Perséfone;)
ResponderEliminarA vida corre sempre, e às vezes cansamo-nos, e sentamo-nos, queremos descanso, deixamos de ver as coisas, achamos que estão iguais porque nós achamos que não mudámos, mas a vida não senta e descansa...
EliminarE olha que assim ficas a dever-me amendoas na Páscoa a baptizares-me de outros nomes :DD
Quando não vemos aquilo que temos é sinal de que temos de mudar de vistas...
ResponderEliminarBoa semana de novas vistas Olvido
Não vermos aquilo que temos é sinal que temos de olhar com mais cuidado, que temos de ver quando olhamos. Ver não é poisar os olhos e achar que sabemos o que lá está, porque ontem estava igual, ou parecido, é olhar pela primeira vez todas as vezes. É dificil, muito dificil, mas é por isso que às vezes nos surpreendemos. E também é por isso que às vezes acabamos por ver coisas que não queremos, coisas dificeis de ver.
EliminarBom fim de semana, agora :)