Deito-me com a estranha sensação de estar poisada no sorriso branco e cúmplice da lua, e enrolada no manto negro costurado de estrelas que trouxe do Alentejo. Como um sorriso que só nos entendemos, sem conseguir explicar. Como a estranha sensação que me abraça sem braços, que me envolve como quem paira por dentro, sem licença ou aviso. Como uma esperança com medo de ser que já respira. E não é que esta estranheza me seja estranha, mas é estranha a sensação de quase me ser conhecida, e quase esquecida... como quem reconhece ao longe um velho conhecido que já nos foi tão perto, e nos lembrarmos que já não nos lembrávamos dele, mas que reconhecemos. Ainda.
Ou então foram as duas garrafas de vinho, as gargalhadas, a companhia, não sei. Do outro lado da janela, enquanto fumava o último cigarro às escuras da luz da lua, ela sorria-me, mas não me disse... mas sabia, tinha todo o ar disso, penso agora. Estava com ar de gozo a danada.
"Estava com ar de gozo a danada.", e quando assim é, está-se bem Vi;)
ResponderEliminarNem sempre essa ironia quer dizer coisas boas... mas as vezes quererá :)) é ter isso em mente ;)
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Boa semana, Legionário :)