quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Às vezes à noite há um grilo que se manifesta, durante o dia os pássaros conversam entre o silêncio do rio, que nunca se cala.
O som é sempre o mesmo, contínuo, o rio corre como se corresse sempre da mesma maneira. Como se tudo fosse o mesmo tempo, ou não houvesse tempo, não houvesse tempos. Não aqui. A manhã como a tarde como a noite. Como se por trás de tudo o que se vê estivesse algo imutável, sempre, que segura e acolhe todas as mudanças, sem mudar. Ainda que nada se repita. Nem o tempo. Nem o rio.

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