sexta-feira, 28 de abril de 2017

Li aquilo e desliguei a luz à espera de fechar algo em mim. Mas a escuridão  bailou-me nos olhos abertos durante muito tempo. Quando os fechei, sem dar conta, entregue ao cansaço, mergulhou-me na alma, e ainda não saiu de lá. A tristeza tem-me submersa. 
Tenho de aprender a respirar outra vez para querer emergir, para precisar emergir para respirar.
Hoje é igual a ontem - podia dizê-lo, não é mentira, mas não diz a verdade; uma especialidade de artistas que manipulam luzes e sombras, verdades e mentiras que não o são, sendo-o. 
Está tudo igual, tudo continua na mesma, no entanto, tudo mudou. Por dentro, no avesso de tudo que nos acontece, que nos respira e tem a nossa história, lá, onde não se vê, mas onde se vive ou morre, tudo mudou.

4 comentários:

  1. Parar, será morrer.
    Um bom dia, Olvido, para ti!

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    1. pois, há quem diga isso, mas eu preciso de parar para fazer balanços e me recomeçar. Smpre em movimento, sem parança (como se costuma dizer) não pensamos muito nas coisas, não analisamos, e para fazer balanços são precisos momentos estáticos. Ou eu preciso, às vezes preciso mesmo parar para ver, para ver de fora o melhor que consiga. E tentar entender.
      Bom dia, Eros :)

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  2. Talvez a vida não seja medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos em que perdemos o fôlego.

    Bom fim-de-semana Vi, com "as pintarolas":))

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    1. Sim, acho que isso é verdade :)
      Não estou crente que este seja um fim de semana muito promissor, mas a minha pintarolas é sempre uma alegria... tem muita pinta a miúda ;)
      Bom fim de semana para ti, Legionário :))

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